sábado, 31 de outubro de 2015

A Guerra Fria e a América Latina

       A Guerra Fria, apesar de não ter apresenta um conflito militar direto entre EUA e União soviética, apresentou consequência consideráveis para os dois países envolvidos e também para o restante do mundo. Logo, a América Latina não ficou excluída deste processo, sendo que os efeitos do conflito foram sentido também aqui. Por sinal, pode-se afirmar que o continente foi um importante local onde o interesse e a influência política se manifestaram: era preciso demonstrar na América a força e o poder de seu regime, independente de este ser comunista ou capitalista.      Assim, é impossível falar sobre os desdobramentos da Guerra Fria sem frisar o óbvio repartimento do mundo em dois blocos distintos: o capitalista, liderado pelos EUA, e o comunista, liderado pela União Soviética.                                                                             
         O primeiro ponto a ser destacado é a criação do plano Marshall criado pelo governo dos EUA, com o objetivo de arquitetar alianças contra o regime comunista. Assim, os norte-americanos ajudavam financeiramente os países capitalistas da Europa que, após a Segunda Guerra Mundial, estavam seriamente debilitados. Em seguida, e não menos importante, é preciso analisar a corrida nuclear e armamentista; Nos EUA, assim como na União Soviética, a Guerra Fria incentivou como nunca a pesquisa e o desenvolvimento de novas armas; A conquista e o controle dos agente nucleares para a produção de armas colocou o mundo em constante medo: a qualquer momento poderia ocorrer uma hecatombe nuclear que destruiria o planeta.                        
      A corrida espacial é outro importante ponto que irá marcar a Guerra Fria. A incessante busca pela conquista do espaço leva a um gigantesco avanço em diversos setores, como, por exemplo, a construção de peças de naves e foguetes que eram lançados para fora do planeta; O confronto ideológico entre as duas superpotências levou o homem à lua; Conquistar o espaço era uma questão de demonstração de poder e de força.        

       Na América Latina, a Guerra Fria mostrou-se de maneira subjetiva. Apesar de não ocorrerem conflitos armados, os países americanos foram alvos do jogo político das duas superpotências; Era preciso expandir sempre mais a ideologia escolhida, e neste sentido a América Latina serviu como “celeiro” para a implantação das ideias e do modo de viver norte-americano. O continente foi também palco da famosa crise dos mísseis, em cuba: em 1962 o país foi palco de um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, quando EUA e União Soviética estiveram mais próximos do que nunca de praticarem um conflito nuclear direto.                                                                    
          Após a Segunda Guerra, o Brasil colocou-se no bloco capitalista. Porém, após 1961, com a política independente desenvolvida por Jânio Quadros, o medo do avanço comunista tornou-se constante. Assim, o presidente americano Richard Nixon é uma das figuras que mais irá marcas esta relação norte-americana com os irmãos latino, mais precisamente com o Brasil: encontrando-se com o presidente brasileiro Emílio Garrastazu Médici, no auge da Guerra Fria, elaborou estratégia para conter o avanço do regime oposto ao seu; Apesar de o governo norte-americano não concordar com o modelo de desenvolvimento proposto pelo governo militar no Brasil, ambos os países tinham o interesse de controlar o avanço comunista no continente. Em Cuba, a ameaça comunista levou os EUA a derrubarem um presidente, apesar de anos mais tarde Fidel Castro ter assumido o poder e instaurado o regime comunista.                
        Na América Latina, em muitos países, os EUA incentivaram e conduziram a instalação de ditaduras civis-militares.    Em 1959 a Revolução Cubana cravou um importante ponto comunista na América; Era preciso evitar que “outras Cubas” surgissem no continente. Diante disto, os EUA precisavam reforçar ainda mais suas áreas de atuação e garantir a soberania do regime capitalista nos demais países da América, o que se verifica no apoio aos regimes ditatoriais sul-americanos, como Brasil, Chile e Argentina.                                                                                                       
       A Guerra Fria pode ser entendida sucintamente como o mundo polarizado. A chance de um conflito direto entre as superpotências era extremamente evitado, visto que se isto acontecesse provavelmente seria fatal. Considerando que tratava-se de um conflito bastante ideológico, é fácil perceber que os adversários desejavam aumentar suas zonas de influência; Neste sentido, a América Latina foi palco de disputa entre americanos e soviéticos, ambos querendo implantar seu sistema econômico no continente americano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário