quinta-feira, 9 de março de 2017

O Reino Franco

O Reino Franco

            Os Francos, povo bárbaro, iniciaram o século V ocupando a Gália, região da atual França. Com fortes alianças militares, os Francos se destacaram entre os povos germânicos. Praticamente todo os territórios do antigo Império Romano do Ocidente foram incorporados aos domínios dos chefes guerreiros francos. 
            A expansão franca ganhou impulso com o rei Clóvis que, em 495, se converteu ao Cristianismo, aproximando a relação entre os francos e a Igreja Católica. Com o apoio da Igreja, Clóvis continuou expandindo o território em direção à atual Alemanha, região que não tinha sido dominada pelos romanos.    
               Os sucessores de Clóvis deram continuidade às conquistas, embora de forma irregular. Uma sucessão de reis fracos levou o filho de Carlos Martel, Pepino, a destronar o último imperador Merovíngio, dando início à dinastia Carolíngia.

Alianças com o Papa

               Pepino, o Breve, entregou ao papa alguns territórios conquistados em batalhas, formando, assim, os Estados Pontifícios. Em troca, o papa reconheceu Pepino como o rei dos Francos e legitimou a dinastia Carolíngia.   
              O filho de Pepino, Carlos Magno, fortaleceu a aliança com a Igreja Romana. No ano 800, foi coroado imperador pelo papa Leão III, em Roma. Com esse gesto, o papa reafirmava a autoridade da Igreja sobre os homens e os reis, ao mesmo tempo em que declarava que o poder vinha de Deus.

Administração do Império Carolíngio

             Para facilitar e tornar mais forte a administração do reino, Carlos Magno decidiu dividir o território e entregar cada parte a homens de sua confiança. Existiam as marcas, sob responsabilidade dos marqueses, os ducados, comandados pelos duques, e os condados, dirigidos pelos condes.            
             Com os sucessores de Carlos Magno, o poder ficou cada vez mais fragmentado, pois entre o rei e seus servidores surgiram muitos intermediários, que eram os senhores de terra.

Idade Média

            Denomina-se Idade Média o período da história da Europa Ocidental compreendido entre a queda do Império Romano do Ocidente (476) e a queda do Império Romano do Oriente, também chamado de Império Bizantino (1453). Neste período de quase mil anos, a Europa se dividiu em vários reinos e a sociedade passou por um processo de ruralização, resultado das constantes ofensivas dos povos bárbaros.                                                                                                                                                             
           Durante a Idade Média, a Igreja Católica, já fortalecida desde o Edito de Milão (313), se consolidou como instituição, sendo responsável por ditar grande parte do modo de vida e da cultura do Mundo Ocidental. Nas zonas rurais, os homens estabeleceram alianças de proteção e cooperação, criando os sistemas de suserania e vassalagem, além do regime de servidão. O comércio, assim como a atividade urbana, ficaram enfraquecidos diante do abandono das cidades.                

             A Idade Média é marcada pela fusão de três elementos: cultura Greco-romana, herdada da Antiguidade Clássica, cultura germânica, trazida pelos povos bárbaros que conquistaram o Império Romano, e Cristianismo, a religião que moldou o agir da população europeia durante o período medieval.