O Reino Franco
Os Francos, povo bárbaro, iniciaram
o século V ocupando a Gália, região da atual França. Com fortes alianças
militares, os Francos se destacaram entre os povos germânicos. Praticamente
todo os territórios do antigo Império Romano do Ocidente foram incorporados aos
domínios dos chefes guerreiros francos.
A expansão franca ganhou impulso com o rei
Clóvis que, em 495, se converteu ao Cristianismo, aproximando a relação entre
os francos e a Igreja Católica. Com o apoio da Igreja, Clóvis continuou
expandindo o território em direção à atual Alemanha, região que não tinha sido
dominada pelos romanos.
Os
sucessores de Clóvis deram continuidade às conquistas, embora de forma
irregular. Uma sucessão de reis fracos levou o filho de Carlos Martel, Pepino,
a destronar o último imperador Merovíngio, dando início à dinastia Carolíngia.
Alianças com o Papa
Pepino, o Breve, entregou ao papa alguns
territórios conquistados em batalhas, formando, assim, os Estados Pontifícios.
Em troca, o papa reconheceu Pepino como o rei dos Francos e legitimou a
dinastia Carolíngia.
O filho
de Pepino, Carlos Magno, fortaleceu a aliança com a Igreja Romana. No ano 800,
foi coroado imperador pelo papa Leão III, em Roma. Com esse gesto, o papa
reafirmava a autoridade da Igreja sobre os homens e os reis, ao mesmo tempo em
que declarava que o poder vinha de Deus.
Administração do Império
Carolíngio
Para facilitar e tornar mais forte a
administração do reino, Carlos Magno decidiu dividir o território e entregar
cada parte a homens de sua confiança. Existiam as marcas, sob responsabilidade
dos marqueses, os ducados, comandados pelos duques, e os condados, dirigidos
pelos condes.
Com os
sucessores de Carlos Magno, o poder ficou cada vez mais fragmentado, pois entre
o rei e seus servidores surgiram muitos intermediários, que eram os senhores de
terra.