segunda-feira, 1 de maio de 2017

Baixa Idade Média



            Denomina-se Baixa Idade Média o período da história da Europa Ocidental compreendido entre os séculos XI e XV. Neste momento histórico, as características que marcaram o Medievo começaram a entrar em declínio, levando a percebermos que um novo período, com novas características, estava para se iniciar.                                     
              A partir do século XIII, uma série de técnicas inovadoras melhorou a qualidade da produção agrícola europeia, aumentando substancialmente o número de gêneros alimentícios produzidos. Destaca-se, entre essas inovações, a invenção do moinho hidráulico, que facilitou a irrigação das plantações.  Outra mudança relevante no modo de atrelar a carroça aos bois, uma vez que se deixou de ligar o veículo ao pescoço do animal e se passou a atrelá-lo ao peito, permitindo o aumento da capacidade de carga.               
           As significativas mudanças no campo repercutiram também nas cidades. Com o aumento da produção surgiu o excedente de mercadorias, levando ao aparecimento de pequenas feiras próximo a castelos e mosteiros. Tal fato contribuiu para o renascimento urbano, uma vez que os habitantes das áreas rurais, em um contexto no qual a população crescia em ritmo acelerado, migraram para as cidades, ou burgos, objetivando expandir o comércio. Tal fato contribuiu significativamente para a crise do sistema feudal.                            
            Um pouco mais cedo, no final do século XI, o papa Urbano II, diante da ofensiva de islâmicos na Terra Santa, apoiou a primeira expedição de cavaleiros cristãos, objetivando recuperar o lugar. Foi a primeira de oito cruzadas que ocorreram ao logo dos séculos XII e XIII. As expedições à Terra Santa, apesar de terem provocado inúmeras mortes, também contribuíram para o fortalecimento do comércio, uma vez que ocorreram muitos saques nos enfrentamentos contra os muçulmanos.                                    
        Em síntese, a segunda metade da Idade Média é marcada pela crise do feudalismo e pelo renascimento comercial e urbano. A população europeia cresceu em ritmo acelerado até o século XIV, quando a Peste Bubônica, também conhecida como Peste Negra, matou porção significativa dos europeus.