A
Guerra Fria, apesar de não ter apresenta um conflito militar direto entre EUA e
União soviética, apresentou consequência consideráveis para os dois países envolvidos
e também para o restante do mundo. Logo, a América Latina não ficou excluída
deste processo, sendo que os efeitos do conflito foram sentido também aqui. Por
sinal, pode-se afirmar que o continente foi um importante local onde o
interesse e a influência política se manifestaram: era preciso demonstrar na
América a força e o poder de seu regime, independente de este ser comunista ou
capitalista. Assim, é impossível
falar sobre os desdobramentos da Guerra Fria sem frisar o óbvio repartimento do
mundo em dois blocos distintos: o capitalista, liderado pelos EUA, e o
comunista, liderado pela União Soviética.
O
primeiro ponto a ser destacado é a criação do plano Marshall criado pelo
governo dos EUA, com o objetivo de arquitetar alianças contra o regime
comunista. Assim, os norte-americanos ajudavam financeiramente os países
capitalistas da Europa que, após a Segunda Guerra Mundial, estavam seriamente
debilitados. Em seguida, e não menos importante, é preciso analisar a corrida
nuclear e armamentista; Nos EUA, assim como na União Soviética, a Guerra Fria
incentivou como nunca a pesquisa e o desenvolvimento de novas armas; A
conquista e o controle dos agente nucleares para a produção de armas colocou o
mundo em constante medo: a qualquer momento poderia ocorrer uma hecatombe
nuclear que destruiria o planeta.
A
corrida espacial é outro importante ponto que irá marcar a Guerra Fria. A
incessante busca pela conquista do espaço leva a um gigantesco avanço em
diversos setores, como, por exemplo, a construção de peças de naves e foguetes
que eram lançados para fora do planeta; O confronto ideológico entre as duas
superpotências levou o homem à lua; Conquistar o espaço era uma questão de
demonstração de poder e de força.
Na América Latina, a Guerra Fria
mostrou-se de maneira subjetiva. Apesar de não ocorrerem conflitos armados, os
países americanos foram alvos do jogo político das duas superpotências; Era
preciso expandir sempre mais a ideologia escolhida, e neste sentido a América
Latina serviu como “celeiro” para a implantação das ideias e do modo de viver
norte-americano. O continente foi também palco da famosa crise dos mísseis, em
cuba: em 1962 o país foi palco de um dos momentos mais tensos da Guerra Fria,
quando EUA e União Soviética estiveram mais próximos do que nunca de praticarem
um conflito nuclear direto.
Após
a Segunda Guerra, o Brasil colocou-se no bloco capitalista. Porém, após 1961,
com a política independente desenvolvida por Jânio Quadros, o medo do avanço
comunista tornou-se constante. Assim, o presidente americano Richard Nixon é
uma das figuras que mais irá marcas esta relação norte-americana com os irmãos latino,
mais precisamente com o Brasil: encontrando-se com o presidente brasileiro
Emílio Garrastazu Médici, no auge da Guerra Fria, elaborou estratégia para
conter o avanço do regime oposto ao seu; Apesar de o governo norte-americano
não concordar com o modelo de desenvolvimento proposto pelo governo militar no
Brasil, ambos os países tinham o interesse de controlar o avanço comunista no
continente. Em Cuba, a ameaça comunista levou os EUA a derrubarem um
presidente, apesar de anos mais tarde Fidel Castro ter assumido o poder e
instaurado o regime comunista.
Na
América Latina, em muitos países, os EUA incentivaram e conduziram a instalação
de ditaduras civis-militares. Em 1959 a
Revolução Cubana cravou um importante ponto comunista na América; Era preciso
evitar que “outras Cubas” surgissem no continente. Diante disto, os EUA
precisavam reforçar ainda mais suas áreas de atuação e garantir a soberania do
regime capitalista nos demais países da América, o que se verifica no apoio aos
regimes ditatoriais sul-americanos, como Brasil, Chile e Argentina.
A
Guerra Fria pode ser entendida sucintamente como o mundo polarizado. A chance
de um conflito direto entre as superpotências era extremamente evitado, visto
que se isto acontecesse provavelmente seria fatal. Considerando que tratava-se
de um conflito bastante ideológico, é fácil perceber que os adversários
desejavam aumentar suas zonas de influência; Neste sentido, a América Latina
foi palco de disputa entre americanos e soviéticos, ambos querendo implantar
seu sistema econômico no continente americano.