domingo, 27 de novembro de 2016
Radionovela Brasil Colonial
Projeto desenvolvido com os 7° anos da E.M.E.F Miguel Couto, de Nova Santa Rita- RS.
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Roteiro para radionovela sobre a história do Brasil: da expansão portuguesa ao ciclo do açúcar (7° ano)
Capítulo
I – Por Mares nunca Dantes Navegados
Narrador:
Portugal, final do século XIV (Áudio 01) Neste período, marcado por dificuldades como guerras,
pestes e fome, os habitantes do Velho Continente têm um conhecimento bastante
limitado da geografia mundial, uma vez que conhecem, além da própria Europa, as
proximidades do Mar Mediterrâneo, isso é, o Norte da África e poucas partes da
Ásia. Somado a isso, o medo do oceano desconhecido gera um imaginário de que
monstros e criaturas abomináveis habitavam as terras distantes. A Europa Cristã
é o único lugar seguro para se viver; Fora de lá reina a idolatria, o perverso,
o assombroso. Muitas pessoas sequer imaginam que o mundo vai além daquilo que
podem enxergar:
Camponesa: eu
nasci aqui neste povoado e nunca conheci outro lugar. Dizem que se a gente
andar bastante vai chegar em um lugar
que tem um rio enorme, chamado de mar. Dizem também que quando o mar acaba
existe um abismo muito fundo, e se a gente cair lá vai ser devorado por feras
terríveis. Prefiro ficar aqui, que é calmo e seguro.
Narrador: Enfrentando
o medo do desconhecido, agora que estamos no século XV, os europeus lançam-se
em grandes viagens marítimas, tendo Portugal como país pioneiro. Alguns
fatores, como a posição geográfica favorável e a precoce unificação nacional,
contribuem para o pioneirismo português. Em 1415, os lusitanos conquistam a
cidade de Ceuta, na África, dando início ao amplo processo de dominação
colonial que consolida anos depois. Em 1488, Bartolomeu Dias
contornou o Cabo das Tormentas. Dez anos depois, Vasco da Gama atingiu
Calicute, na índia.
Vasco da Gama: considero de suma importância a descoberta desta nova rota
para as Índias, considerando que os turcos bloqueiam nossa passagem para
Constantinopla desde 1453. Agora poderei conseguir muitas especiarias, como gengibre,
canela e pimenta.
Narrador: em nove de março de 1500, uma nova expedição marítima sai
de Portugal em direção às Índias. Comandada por Pedro Álvares Cabral, fidalgo
português, a expedição acaba tomando um rumo diferente do previsto. Mas isso já
é outra história... Portugal, um pequeno país na costa europeia, vai, aos
poucos, ampliando o mundo conhecido. (Áudio 2)
Leitor 1:
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta. (Luís Vaz de Camões).
Capítulo II – A Chegada à Ilha de Vera
Cruz
Narrador:
Terras a oeste do Oceano Atlântico, 22 de abril de 1500 (áudio
3). A expedição que saiu de Portugal, comandada por
Cabral, chega a uma terra até então desconhecida para os portugueses. ( ou para
a grande maioria deles). (áudio 1)
Leitor 2:
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa).
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu. (Fernando Pessoa).
Narrador: Na costa, observando os estrangeiros
que chegam pelo oceano, os habitantes locais conversam entre si, assustados.
Índio 1: Você viu aquilo que está chegando
pelo mar? O que será?
Índio 2:
Não sei, mas é enorme! E olhe: parece ter pessoas dentro... vamos aguardar para
ver o que acontece...
Narrador: Uma
vez que chegam à margem, os portugueses realizam os primeiros contatos com os
índios, nome dos nativos locais. Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de
Cabral, descreve a fisionomia daqueles seres tão exóticos para os europeus:
Pero Vaz de Caminha: A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de
bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem
estimam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso
com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.
Narrador: Sobre a terra recém
descoberta, o escrivão faz o seguinte relato ao rei de Portugal:
Pero Vaz de Caminha: a terra em si é de muito bons ares, assim frios e
temperados. Águas são muitas;
infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela
tudo, por bem das águas que tem. Porém o melhor fruto, que nela se pode fazer,
me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa
Alteza em ela deve lançar.
Narrador: Dias
depois, os índios observam, curiosos, a montagem de um altar. Sem entender o
que significava aquele gesto, assistiram passivamente a celebração da Primeira
Missa no território que viria a ser o Brasil. Sobre este episódio, Caminha
descreve:
Pero Vaz de Caminha: Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou
o Capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu. Mandou a todos os
capitães que se aprestassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito.
Mandou naquele ilhéu armar um esperavel, e dentro dele um altar mui bem
corregido. E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual foi dita pelo
padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos
outros padres e sacerdotes, que todos eram ali. A qual missa, segundo meu
parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção.
Narrador:
Por fim, Caminha relata algo que o deixa deverás decepcionado:
Pero Vaz de Caminha: na terra, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro. Há, porém, uma árvore muito vistosa,
da qual se extrai uma tintura de grande valor.
Narrador: E
assim se desenham os trinta primeiros anos de ocupação portuguesa na América.
Neste período, marcado pela ausência de uma política efetiva de colonização, destaca-se
a exploração de Pau Brasil e o escambo entre indígenas e portugueses. Portugal,
apesar de tomar posse das terras americanas, prefere voltar suas atenções para
as colônias do oriente, mais lucrativas. (Áudio 4)
Leitor 3:
Foi no final do século XV e início do XVI,
no litoral do Brasil chegaram os portugueses.
Cabral com suas naus!
O escrivão da esquadra era Pero Vaz de Caminha.
Descreveu a beleza do mar e da natureza.
Caminha também descreveu sobre os
homens que encontrou...
Homens nus, homens nus, vagueando pelas praias.
Dizendo ter chegado às Índias foram
chamando-os de índios...
Celebraram a primeira missa e hastearam a bandeira,
Julgaram serem os legítimos donos da terra brasileira!
Nos primeiros contatos com os índios no Brasil,
o colonizador fingiu ser educado e gentil.
Mas não demorou muito tempo e descobriu as riquezas.
Começou, então,
o massacre à natureza!
Assim, a Mata Atlântica foi sendo derrubada...
Por ter madeira nobre, foi sendo devastada! (Lana Maria Alpino).
no litoral do Brasil chegaram os portugueses.
Cabral com suas naus!
O escrivão da esquadra era Pero Vaz de Caminha.
Descreveu a beleza do mar e da natureza.
Caminha também descreveu sobre os
homens que encontrou...
Homens nus, homens nus, vagueando pelas praias.
Dizendo ter chegado às Índias foram
chamando-os de índios...
Celebraram a primeira missa e hastearam a bandeira,
Julgaram serem os legítimos donos da terra brasileira!
Nos primeiros contatos com os índios no Brasil,
o colonizador fingiu ser educado e gentil.
Mas não demorou muito tempo e descobriu as riquezas.
Começou, então,
o massacre à natureza!
Assim, a Mata Atlântica foi sendo derrubada...
Por ter madeira nobre, foi sendo devastada! (Lana Maria Alpino).
Capítulo III – O início da
Colonização
Narrador: América Portuguesa, 1530.
(áudio 4). Completando três décadas da chegada dos portugueses, não há
mudanças radicais nas terras americanas. Como não estão estabelecidos aqui, os
europeus continuam explorando o Pau Brasil com a colaboração dos índios, que
recebem pequenos presentes em troca de serviço. Na Europa, o rei de Portugal,
dom João III, mostra-se preocupado.
Dom João III: o comércio com o Oriente
não vai bem. Tenho medo de que povos inimigos invadam minhas terras na
América...
Narrador:
decidido a colonizar a América, o rei português envia ao Novo Mundo Martin
Afonso de Souza. Como parte do processo colonizador, o monarca decide dividir
as terras americanas em quinze faixas, assim denominadas:
Dom João III:
Capitania
do Maranhão, Capitania do Ceará, Capitania do Rio Grande,Capitania de Itamaracá,Capitania
de Pernambuco,Capitania da Baía de Todos os Santos,Capitania de Ilhéus,Capitania
de Porto Seguro,Capitania do Espírito Santo,Capitania de São Tomé,Capitania de
São Vicente,Capitania de Santo Amaro,Capitania de Santana.
Narrador: Junto às capitanias
hereditárias, o rei tem outro projeto para efetivar a colonização da América:
Dom João III: Penso que será lucrativo
produzirmos açúcar! Afinal de contas, meus homens já fazem este negócio em
minhas ilhas no Atlântico e obtêm bons lucros. Além do mais, é um produto muito
apreciado na Europa.
Narrador: Em relação à produção
açucareira, o rei obteve sucesso em algumas regiões. As capitanias, no entanto,
estão fracassando devido a vários motivos: a grande extensão territorial para
administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes
ataques indígenas.
Índios:
(uhuhuhuhuhuhuhuhuh): Devolva nossas terras ou vamos atacar! uhuhuhuhuhuhuhuhuh):
Narrador: Para fortalecer a administração
do território, o rei cria o Governo Geral. Dom João nomeia Tomé de Souza para
assumir o cargo de governador Geral, dando-lhe as seguintes recomendações:
Dom João III: Eu, ElRei, faço saber a
vós, Tomé de Sousa, fidalgo de minha casa, que vendo eu quanto serviço de Deus
e meu é conservar e enobrecer as Capitanias e povoações das terras do Brasil e
dar ordem e maneira com que melhor e mais seguramente se possam ir povoando,
para exalçamento da nossa Santa Fé e proveito de meus Reinos e Senhorios.
Narrador: E assim se desenha o
período colonial brasileiros: produção
majoritária voltada para o mercado externo, grandes propriedades de terra,
dizimação indígena e escravidão. Esta última, por sinal, merece ser tratada mais
detalhadamente:(Áudio 4)
A História oficial
Contada por dominantes.
Os índios são uns bandidos
Perigosos habitantes.
Que não gosta do trabalho
Da preguiça, praticantes.
Os brancos nas Caravelas
Armados até os dentes.
Desembarca impondo a força
Esmagando as sementes.
E que as terras e riquezas
Agora são seus presentes.
Em troca os Brancos lhe davam
Espelhos, vários tecidos.
Canivetes para o corte
Aos índios são prometidos.
Mas bala e arma de fogo
De um lado faz os feridos.
É preciso conhecer
O outro lado da história.
Em que europeus cruéis
Esmagou,matou memória.
Praticando genocídio
Essa foi à trajetória. (Nando Poeta).
Capítulo
IV – Escravidão e Resistência
Narrador: Continente africano, meados do
século XVI (áudio 5). O mesmo continente que foi palco de reinos riquíssimos sofre,
atualmente, com as guerras empreendidas pelos europeus para capturar escravos.
Se não bastasse, os próprios povos do continente possuem interesse na
escravidão, sendo o tráfico humano negócio muito lucrativo para alguns
africanos. Assim sendo, torna-se comum
negociações entre europeus e povos da costa africana:
Português: quantos escravos você me oferece por
estes dois cavalos e estes dois revólveres?
Africanos: vinte escravos é o suficiente,
concorda?
Português: de acordo!
Narrador: Uma vez capturados ou
adquiridos pelos portugueses, os escravos seguem em longas viagens a bordo de navios
negreiros. Após dezenas de dias, chegam nas terras americanas: (áudio 6). Na América Portuguesa, a maioria dos escravos trabalha nos engenhos, na produção
açucareira. Porém, Os escravizados
trabalham também nos mais diferenciados
ofícios, como carpinteiros, sapateiros, pedreiros, cortadores de cana,
carneadores nas charqueadas e trabalhos domésticos, como cozinheiras,
ama-de-leite, engomadeiras, entre outros. Uma vez que estão no Novo Mundo, são leiloadas
aos senhores de escravos:
Mercador: apresento aos senhores o
escravo Antônio: preto, alto, braços fortes e dentes bem feitos, ideal para trabalhar
no campo. Quem dá o primeiro lance?
Comprador 1: 800 mil réis.
Comprador 2: 900 mil réis.
Mercador: vendido!
Apesar das relações de submissão, os cativos
não deixam de negociar com seus senhores:
Escravo: Meu Senhor, nós queremos
paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz há de ser
nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos, a saber. Em cada
semana nos há de dar os dias de sexta-feira e de sábado para trabalharmos para nós,
não tirando um destes dias por causa de dia santo.
Narrador: Submetidos a castigos desumanos, muitos escravos
fogem e conseguiam se refugiar em lugares chamados quilombos. Um dos centros de
refugiados mais famosos é o Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi. Agora,
que já estamos em metade do século XVII, o rei de Portugal reconhece a força
desse quilombo e tenta negociar com Zumbi:
Rei: Eu El-Rei faço saber a vós
Capitão Zumbi dos Palmares que hei por bem perdoar-vos de todos os excessos que
haveis praticado assim contra minha Real Fazenda como contra os povos da
Capitania de Pernambuco, e que assim o faço por entender que vossa rebeldia
teve razão nas maldades praticadas por alguns maus senhores em desobediência às
minhas reais ordens. Convido-vos a assistir em qualquer instância que vos
convier, com vossa mulher e vossos filhos, e todos os vossos capitães, livres
de qualquer cativeiro ou sujeição, como meus fiéis e leais súditos, sob minha
real proteção”
Narrador: As promessas feitas pelo
rei, no entanto, parecem não serem concretas. Hoje, vinte de novembro de 1695,
temos a triste notícia de que Zumbi dos Palmares foi assassinado. A luta contra
a escravidão, no entanto, há de persistir. (áudio 4)
Leitor 5:
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar! (Castro Alves).
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!
"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!
"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...
"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".
O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar! (Castro Alves).
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