Após a conquista dos Impérios Asteca e Inca, os espanhóis
partiram em busca das riquezas da nova terra. Para isto foi necessário a
criação de uma organização administrativa afim de viabilizar a exploração
econômica. Além disso, havia a preocupação em converter as populações indígenas
ao catolicismo.
Para
alcaçar os objetivos firmados, a América Espanhola foi dividida em
vice-reinados, regiões administrativas governadas por um nobre espanhol, o vice-rei.
No Novo Continente eles representavam o rei, sendo, portanto, as mais altas
autoridades coloniais. Aos vice-reis cabia cuidar de assuntos administrativos,
militares e religiosos. Assuntos como comércio, polícia e propriedade pública
eram de responsabilidade do cabildo, uma espécie de conselho municipal.
A
Sociedade Colonial na América Espanhola
A
sociedade colonial era formada por cinco grupos distintos;
Chapetones:
espanhóis que estavam no topo da pirâmide social. A eles cabia ocupar os postos
mais elevados na Igreja e no exército, além de serem proprietários de grandes
negócios.
Criollos:
descendentes
de espanhóis nascidos na América. A maioria era possuidora de terras e fazia
parte do cabildo. Era comum que filhos de criollos fossem estudar na Espanha
para carreiras como medicina e advocacia.
Mestiços:
filhos
de espanhóis com índias. Normalmente, dedicavam-se ao comércio ou ao serviço no
campo, atuando como vaqueiros ou administradores de propriedades.
Indígenas:
geralmente
iletrados, não possuíam propriedades e trabalhavam na agricultura, nas minas e
em obras públicas.
Escravos:
pouco
expressivos, alcançando grande número apenas no Vice-Reinado de Nova Granada e
nas ilhas do Caribe.
Para sustentar esta sociedade desigual era utilizado o
critério da pureza de sangue combinada com o local de nascimento. Os postos
mais altos da administração colonial poderiam ser ocupados exclusivamente por
chapetones. Um criollo, apesar de filho de espanhol, estava em desvantagem pelo
fato de ter nascido na América. Os mestiços, existentes em grande número devido
a falta de mulheres espanholas na América, também tinham muita dificuldade de
ascender socialmente.
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