Nó século XIV, a Europa
já existia o processo de formação das monarquias nacionais. Até este período,
os habitantes do Velho Continente tinham um conhecimento bastante limitado da
geografia mundial, uma vez que conheciam, além da própria Europa, as
proximidades do Mar Mediterrâneo, isso é, o Norte da África e poucas partes da
Ásia. Somado a isto, o medo do oceano desconhecido gerava um imaginário de que
monstros e criaturas abomináveis habitavam as terras distantes. A Europa Cristã
era o único lugar seguro para se viver; Fora de lá reinava a idolatria, o
perverso, o assombroso.
Enfrentando
o medo do desconhecido, no século XV, os europeus lançaram-se em grandes
viagens marítimas, tendo Portugal como país pioneiro. Alguns fatores, como a
posição geográfica favorável e a precoce unificação nacional, contribuíram para
o pioneirismo português. Em 1415, os lusitanos conquistam a cidade de Ceuta, na
África, dando início ao amplo processo de dominação colonial que consolidaria
anos depois. A escolha da cidade africana deveu-se, entre outros fatores, ao
interesse econômico, uma vez que o local era um importante entreposto comercial
que recebia mercadorias da África, da Índia e da Pérsia.
Após a conquista de Ceuta, os
portugueses iniciaram a exploração de rotas que levariam às Índias, nome
utilizado na época para denominar as terras do Oriente, como Índia, China e Japão.
Neste empreendimento, era objetivo dos portugueses adquirir especiarias e
outros produtos orientais a preços baixos e depois revendê-los na Europa. A
tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, e o conseqüente bloqueio da via
mediterrânica, intensificaram as viagens portuguesas. Em 1488, Bartolomeu Dias
contornou o Cabo das Tormentas ( posteriormente conhecimento como Cabo da Boa
Esperança); Dez anos depois, Vasco da Gama atingiu Calicute, na índia,
conseguindo muitas especiarias, como gengibre, canela e pimenta.
Diferentemente
de Portugal, a Espanha deu início as grandes navegações apenas no final do
século XV. Em 1492, a coroa espanhola decidiu financiar a viagem de Cristóvão
Colombo para o Oriente. Pesquisador, Colombo acreditava que a Terra era redonda
e, consequentemente, que era possível chegar às Índias navegando em direção ao
oeste. Com esse pensamento, o navegador chegou à ilha de San Salvador, no
Caribe, e, logo em seguida, alcançou Cuba e São Domingos. Acreditando estar nas
Índias, quando na verdade estava no continente americano, Colombo chamou os
habitantes locais de índios. Tal denominação é utilizada até hoje para se
referir aos nativos americanos.
Posteriormente,
Colombo ainda fez outras três viagens à América, explorando as terras
centro-americanas. Como não encontrou grandes riquezas nestas viagens, o
navegador foi criticado pela corte, vindo a falecer em 1506. Outro navegador,
Américo Vespúcio, após realizar três viagens à América, apresentou a hipótese
de que as terras encontradas estavam separadas da Ásia, ou seja, formavam outro
continente.
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