segunda-feira, 8 de agosto de 2016

As Grandes Navegações

     Nó século XIV, a Europa já existia o processo de formação das monarquias nacionais. Até este período, os habitantes do Velho Continente tinham um conhecimento bastante limitado da geografia mundial, uma vez que conheciam, além da própria Europa, as proximidades do Mar Mediterrâneo, isso é, o Norte da África e poucas partes da Ásia. Somado a isto, o medo do oceano desconhecido gerava um imaginário de que monstros e criaturas abomináveis habitavam as terras distantes. A Europa Cristã era o único lugar seguro para se viver; Fora de lá reinava a idolatria, o perverso, o assombroso.                                                                                                         

     Enfrentando o medo do desconhecido, no século XV, os europeus lançaram-se em grandes viagens marítimas, tendo Portugal como país pioneiro. Alguns fatores, como a posição geográfica favorável e a precoce unificação nacional, contribuíram para o pioneirismo português. Em 1415, os lusitanos conquistam a cidade de Ceuta, na África, dando início ao amplo processo de dominação colonial que consolidaria anos depois. A escolha da cidade africana deveu-se, entre outros fatores, ao interesse econômico, uma vez que o local era um importante entreposto comercial que recebia mercadorias da África, da Índia e da Pérsia.                                                                              

     Após a conquista de Ceuta, os portugueses iniciaram a exploração de rotas que levariam às Índias, nome utilizado na época para denominar as terras do Oriente, como Índia, China e Japão. Neste empreendimento, era objetivo dos portugueses adquirir especiarias e outros produtos orientais a preços baixos e depois revendê-los na Europa. A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, e o conseqüente bloqueio da via mediterrânica, intensificaram as viagens portuguesas. Em 1488, Bartolomeu Dias contornou o Cabo das Tormentas ( posteriormente conhecimento como Cabo da Boa Esperança); Dez anos depois, Vasco da Gama atingiu Calicute, na índia, conseguindo muitas especiarias, como gengibre, canela e pimenta.                                                        

     Diferentemente de Portugal, a Espanha deu início as grandes navegações apenas no final do século XV. Em 1492, a coroa espanhola decidiu financiar a viagem de Cristóvão Colombo para o Oriente. Pesquisador, Colombo acreditava que a Terra era redonda e, consequentemente, que era possível chegar às Índias navegando em direção ao oeste. Com esse pensamento, o navegador chegou à ilha de San Salvador, no Caribe, e, logo em seguida, alcançou Cuba e São Domingos. Acreditando estar nas Índias, quando na verdade estava no continente americano, Colombo chamou os habitantes locais de índios. Tal denominação é utilizada até hoje para se referir aos nativos americanos.                               
                                                                                            
    Posteriormente, Colombo ainda fez outras três viagens à América, explorando as terras centro-americanas. Como não encontrou grandes riquezas nestas viagens, o navegador foi criticado pela corte, vindo a falecer em 1506. Outro navegador, Américo Vespúcio, após realizar três viagens à América, apresentou a hipótese de que as terras encontradas estavam separadas da Ásia, ou seja, formavam outro continente.                             

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